Para quantas bolsas no exterior tenho que me candidatar para conseguir?

Está pensando em solicitar bolsas de estudo no exterior, mas não sabe qual é a quantidade certa para garantir mais chances de sucesso? Pois nem pense em mandar para dezenas de instituições, sob a regra do “quanto mais, melhor”.

Na verdade, exagerar ou tentar menos do que o necessário podem atitudes prejudiciais para você por alguns motivos em particular. No post de hoje, vou tratar sobre isso em mais detalhes, falando sobre o número ideal de bolsas que se deve solicitar e o porquê disso.

O que considerar ao solicitar bolsas de estudo no exterior

Por que você deseja uma bolsa de estudos no exterior? Já parou para pensar a fundo sobre isso? Na verdade, um intercâmbio traz uma série de benefícios para qualquer um. Quando há assistência financeira por parte de uma instituição, então é melhor ainda.

Neste caso, há dois grandes aspectos a serem considerados, quando você pensa numa estadia em outro país. Eles se dão sob os pontos de vista pessoal e profissional e se traduzem nos benefícios de um intercâmbio.

  1. O impacto positivo na vida e no currículo

O primeiro ponto a se considerar é o aspecto positivo na vida e no currículo que intercâmbios com bolsas de estudo no exterior podem proporcionar. Isso porque agrega (e muito) em todos os aspectos da sua vida.

Do lado profissional, seu currículo fica muito mais rico, e você tem uma vantagem considerável sobre os demais concorrentes que não puderam ou não quiseram fazer intercâmbio. Isto é bastante claro em seleções de empresas.

Além disso, você aprende muito mais, com professores com uma formação diferente e visões de pesquisa distinta das dos brasileiros. Não são melhores nem piores necessariamente, mas aprender com visões diferentes fortalece seu conhecimento.

Da mesma forma, é uma experiência de vida incrível, que faz com que você fortaleça sua personalidade. Você aprende a viver por si próprio, num local completamente diferente do que está acostumado, e vive outra cultura.

  1. O processo seletivo e sua temporalidade

Bom, aqui serei breve, uma vez que falarei mais sobre esse outro aspecto detalhadamente na próxima seção. Só quero relembrar a você que bolsas de estudo no exterior possuem uma certa temporalidade.

Entenda o calendário acadêmico e das bolsas

O calendário acadêmico de bolsas de estudo no exterior é bastante fácil de prever e você precisa aprender a fazer isso. Saber sobre esse tema facilita uma enormidade no seu planejamento, visto que você pode se preparar para a abertura de editais.

Como já falei em maiores detalhes num outro post, as bolsas de estudo no exterior tendem a ter seus editais abertos de janeiro a junho/julho. É exatamente nesse período que você deve preparar (e enviar) tudo p que for solicitado.

Como tenho dito, isso facilita o seu planejamento, desde que você entenda a lógica do calendário das instituições. Essa abertura se dá de janeiro a julho porque as aulas habitualmente iniciam no final de setembro ou em outubro.

E por que é importante levar em conta este fator, quando se está querendo entender para quantas bolsas de estudo no exterior se candidatar? Ora, porque se você aplicar para poucas bolsas, poderá ter sérios problemas.

Imagine que você só aplicou para o processo seletivo de uma única bolsa. E se der errado, o que você vai fazer? Não podemos ser tão imediatistas e nem tão otimistas. Há que se considerar vários cenários, e talvez você não consiga.

Se der errado esse processo seletivo, o estudante tem de esperar mais um ano até se submeter a ele novamente. E, nessa, você pode acabar desistindo da ideia com o passar do tempo, já que a vida não para, não é mesmo?

A quantas bolsas aplicar por período?

Toda a base da explicação de a quantas bolsas de estudos no exterior aplicar já foi dada até aqui. Resta, agora, chegar ao número mágico. Pois bem, sem enrolação, acredito que cinco processos seletivos seja o ideal.

  • Faça a si mesmo algumas perguntas chave para definir seu perfil de intercambista
  • Comece a procurar países e universidades que se enquadram nele
  • Observe as bolsas de estudo no exterior que são possíveis neles
  • Inscreva-se nelas durante o período de janeiro a julho, quando estarão abertas (quanto mais cedo, melhor, inclusive)
  • Não se limite a somente uma ou duas opções; lembre-se que pode dar errado e a frustração de um ano parado pode prejudicá-lo

Seguindo esses conselhos, você terá muito mais alternativas e possibilidades. Estudar em outro país é uma oportunidade incrível e acredito ser impossível que alguém só tenha um lugar em vista, num mundo com tantas opções formidáveis.

A regra do “quanto mais aplicações, melhor” não serve, da mesma forma que a de aplicar a somente uma bolsa. O motivo? Isso você verá na próxima seção!

Não se esqueça de adaptar suas cartas de motivação

Uma etapa muito importante para aqueles que estão aplicando para bolsas de estudo no exterior é a elaboração das cartas de motivação. Os editais costumam pedir para enviar, entre seus documentos, uma versão do seu currículo e esta carta.

Acontece que você simplesmente não pode e não deve enviar a mesma para todos. Você deve ler e compreender o que o edital pede e valoriza como características principais.

Em resumo, não faça uma carta modelo de motivação igual todas as aplicações, só mudando a data. Esse é um grande erro. Pode parecer que falta personalidade, fica com informações muito gerais sem ser preparada especialmente para o que deseja aquela universidade em especial.

Portanto, foque no necessário, não seja generalista demais. E claro que, para fazer isso, você não pode tentar fazer aplicações demais. Ou então não vai ter o tempo necessário para conseguir fazer boas cartas de motivação para todas as universidades.

 

Para finalizar, um número ao redor de cinco submissões para bolsas de estudo no exterior é o ideal e abre o seu panorama de possibilidades. Foi recusada uma das aplicações? Não tem problema, porque você ainda tem mais quatro resultados por vir.

Boa sorte!