Processo seletivo para trainee: Hard skills ou soft skills?

Processo seletivo para trainee: Hard skills ou soft skills?

É cada vez mais comum ouvirmos sobre a necessidade de desenvolvimento de habilidades interpessoais para o mundo do trabalho. Nesse sentido, inclusive, fala-se muito sobre as soft skills, ou seja, as habilidades comportamentais utilizadas para lidar com pessoas no ambiente profissional e fora dele.

Por outro lado, quando se fala de soft skills vem também a mente a ideia de hard skills, ou seja, as competências técnicas que geralmente se aprende para lidar com um determinado tipo de tarefa.

Nesse ponto, há a impressão de que existe uma espécie de transição entre hard skills para soft skills ou de que há profissionais em um ou em outro tipo de habilidade, tal como uma divisão entre a “turma de humanas” e a “turma de exatas”. É claro que essa divisão não existe ou, pelo menos, não deve existir.

Na verdade, ambos os grupos de habilidades são importantes para o desenvolvimento de uma empresa ou de uma atividade laboral e devem ser vistas como complementares.

Por que é importante desenvolver ambas as habilidades?

“A maneira mais rápida de ganhar dinheiro é resolver um problema. Quanto maior for o problema a resolver, mais dinheiro que você vai ganhar” – Steve Siebold, escritor e palestrante motivacional.

Quando uma empresa se lança na busca de um profissional no mercado, o que toda empresa está buscando no final das contas é alguém que seja capaz de lidar com um determinado tipo de problema de forma a solucioná-los de forma rápida e assertiva, transformando-os em solução.

Um indício forte que corrobora com isso é o uso cada vez maior no mundo do trabalho dos conhecidos “KPI” – Key Performance Indicator, ou seja, os Indicadores-chave de desempenho, que são ferramentas de gestão para se realizar a medição e o consequente nível de desempenho e sucesso de uma organização ou de um determinado processo, focando no “como” e indicando quão bem os processos dessa empresa estão permitindo que seus objetivos sejam alcançados.

Esse “como” é justamente o processo utilizado para se resolver um determinado tipo de problemas e que caracterizam alguém como profissional – alguém capaz de resolver um determinado conjunto de problemas em troca de um salário. Conseguir padronizar esses processos por meio de técnicas é o que permite com que toda e qualquer pessoa seja capaz de exercer isso que chamamos de profissão e é, por isso, que ninguém é insubstituível na medida em que as pessoas possam aprender tais técnicas e exercer uma profissão.

 

 

Ser flexível significa aprender a aprender de maneira rápida e ágil

Não é de hoje que o trabalho exige dos profissionais muito mais do que apenas “apertar parafusos” numa lembrança do clássico de Charles Chaplin “Tempos modernos”. Cada vez mais se espera de bons profissionais uma alta versatilidade de modo que se adapte a situações diferentes, de modo que se consiga resolver o maior número de problemas no menor espaço de tempo.

Por isso, um dos segredos para evoluir rápido em qualquer carreira é a capacidade de aprender processos de maneira rápida e prática podendo entender como esmiuçar um determinado problema em etapas compreensíveis de maneira generalizada com uma resposta específica para cada uma delas, ou seja, uma solução!

Como aprender a construir soluções? Ou como aprender a se tornar um profissional precioso para qualquer organização?

De acordo com o Dr. Shoji Shiba, que já lecionou no programa de MBA do MIT – Massachusetts Institute of Technology e autor dos “cinco passos para o processo de descoberta” do livro “Breakthrough Management”, há 7 passos que podem ser aplicados para que se possa transformar um problema complexo em simples, são eles:

 

  • Definição: o primeiro passo é se perguntar qual é o problema. O ponto de partida deve ser pela identificação de qual é a causa que tem originado o problema, pois é a partir dela que se deve começar a construção da solução.

 

  • Coleta de dados: o próximo passo se trata sobre compreender o contexto no qual o problema está inserido, buscando coletar o máximo de dados e fatos possível.

 

  • Análise de causa: agora é hora de entender o “PORQUÊ?”. Nesse sentido, muitas técnicas podem ajudá-lo a encontrar a causa do problema, como Ishikawa (indicada abaixo) ou Pareto de modo que seja possível conectar as causas ao problema em questão para que se consiga ter uma melhor visualização dos pontos a serem atacados.

 

  • Planejamento e implementação de soluções: Agora que já é possível visualizar as causas que estão causando um determinado problema, é hora de planejar e implementar as soluções para cada uma das causas de modo que, sanando as causas, o problema venha também a ser resolvido.

 

  • Avaliação de efeitos: Agora que possíveis causas foram identificadas e mudanças foram implementadas, é preciso avaliar se as causas apontadas e as mudanças feitas eram as corretas. Para isso, é preciso monitorar e coletar alguns dados para verificar se o problema realmente desaparece a partir das medidas adotadas.

 

  • Padronização: depois de encontrar a solução certa, a pergunta que fica é: as mudanças efetuadas podem ser aplicadas em outras áreas? Se sim, precisam de alguma adaptação?

 

  • Avaliação do processo: Einstein dizia que o que não é possível de ser explicado de maneira simples, é porque não foi bem compreendido. Portanto, para que a solução construída possa ser reproduzida, ela precisa ser bem compreendida e bem descrita de modo que possa ser aplicada por qualquer pessoa da organização do modo mais fácil e simples possível.

 

Nesse sentido, ter uma capacidade analítica bem desenvolvida é primordial para que um profissional possa aplicar esse e outros métodos de resolução de problema de forma rápida e assertiva de modo que esse profissional seja capaz de resolver o maior número de problemas possível no menor espaço de tempo e contribuindo para que as soluções desenvolvidas possam ser reproduzidas no restante da organização.

É pensando nisso que a TotalPrep Brasil criou o programa “Career&Trainee” em que o curso de Capacidade Analítica irá focar de modo prático a construção de habilidades numéricas e verbais que auxiliarão você a ser um profissional mais produtivo e eficiente, tornando-se mais atraente para o mercado de trabalho – o que, certamente, fará você ter maiores chances de empregabilidade e podendo alcançar maiores salários.

Então, não perder tempo. O curso tem duração de dois meses e quanto antes você começar, mais oportunidades podem ser aproveitadas por você!